História

Engenho Novo

Bairro do Rio de Janeiro 
Área: 264,48 ha (em 2003)
Fundação: 23 de julho de 1981
IDH: 0,858[1](em 2000)
Habitantes: 42 172 (em 2010)[2]
Domicílios: 16 260 (em 2010)
Limites: Lins de Vasconcelos, Méier, Cachambi, Jacaré, Sampaio, Vila Isabel e Grajaú
Região Administrativa: XIII R.A.(Méier)

Engenho Novo é um bairro localizado na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
Seu IDH, no ano 2000, era de 0,858, o 45º melhor da cidade do Rio de Janeiro.







História

É vizinho aos bairros Méier, Vila Isabel, Lins de Vasconcelos, Sampaio, Jacaré, Cachambi e Grajaú[5]. Possui 264,48 ha de área territorial. Faz parte da região chamada Grande Méier que engloba os bairros da Abolição, Água Santa, Cachambi, Encantado, Engenho de Dentro, Jacaré, Lins de Vasconcelos, Méier, Piedade, Pilares, Riachuelo, Rocha, Sampaio, São Francisco Xavier e Todos os Santos. É o quinto bairro de maior densidade populacional do grupo.

O bairro é servido por uma estação de trens metropolitanos da Supervia, localizada na Rua 24 de Maio.

Cruzamento das ruas da Bela Vista, Silva Freire e 24 de Maio, no Engenho Novo
Nele se localiza uma unidade do tradicional estabelecimento de ensino carioca: o Colégio Pedro II, existe também um Grupo Escoteiro (81º Caetés) que completou 50 anos em Janeiro de 2008, o bairro possui ainda dois clubes esportivos, o Clube Lins e o Vitória Tênis Clube e também tem o Centro Universitário Celso Lisboa, além da Faculdade CCAA.
É cortado pelo rio Jacaré que encontra-se atualmente bastante degradado pela urbanização e consequente poluição.
Trata-se de um bairro estagnado economicamente pois sofre da falta de investimentos na área. A paisagem degradada e a violência se deve às muitas favelas presentes na região. No tocante à violência, as comunidades do entorno do bairro, ou mesmo aquelas que se encontram sob seu perímetro, receberam a pacificação. Uma série de Unidades de Polícia Pacificadora foi instalada no bairro. Deste modo, a partir do ano de 2011, os moradores e todos aqueles que visitam ou mesmo trafegam pelo bairro, sentem-se muito mais seguros. As residências, em geral, são velhas e decadentes. Ruas mal-conservadas e segurança precária. Ausência de infra-estrutura cultural, lúdica, etc, fazendo com que seus moradores tenham que se deslocar para o Méier ou para a região da Tijuca (bairros próximos com melhor infra-estrutura).
A Associação de Moradores do Engenho Novo é um das mais atuantes da cidade.
A ocupação da região conhecida hoje como Grande Méier começou quando Estácio de Sá fez doação da Sesmaria de Iguaçu aos padres jesuítas. As terras englobavam os atuais bairros do Grande Méier e de outros como Catumbi, Tijuca, Benfica e São Cristóvão. Nelas, os jesuítas instalaram três engenhos de açúcar: o Engenho Velho, o Engenho Novo e o de São Cristóvão.

A construção, em 1720, de uma capela dedicada a São Miguel e Nossa Senhora da Conceição, no Engenho Novo, impulsionou o crescimento da área.

Estação do Engenho Novo
Em 1759, quando os jesuítas foram expulsos do Brasil, as suas terras passaram às mãos de Manuel Gomes, Manuel da Silva e Manuel Teixeira. Com o objetivo de explorar a madeira e cultivo de hortaliças, as matas existentes foram devastadas, formando grandes espaços vazios que permitiriam a ocupação do solo.
Escravos libertos construíram precárias moradias no Morro dos Pretos Forros, região atualmente percorrida pela auto-estrada Grajaú-Jacarepaguá, ampliando a ocupação da região. Mais tarde, a colonização foi acelerada com a descoberta de ouro na região.
A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Engenho Novo foi criada em 1783, impulsionando o desenvolvimento da região. Até ao Segundo Império multiplicaram-se as chácaras e sítios. O comércio foi se desenvolvendo no entorno dos antigos engenhos.
A estação do Engenho Novo, aberta em 1858 pela então Estrada de Ferro Dom Pedro II, que em 1889 passou a se chamar Estrada de Ferro Central do Brasil, foi decisiva para a ocupação do bairro. A partir daí, as terras foram loteadas e as ruas (abertas em terrenos quase todos pantanosos) foram sendo saneadas.
Em 1903, acelerou-se o desenvolvimento da Região, destacando-se o lado da estação do Méier onde formou-se um sólido comércio. Surgiram importantes casas de negócios e magazines que atraíram pessoas de toda a Cidade.
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Sua origem é o Engenho Novo dos Jesuítas, construído em torno de 1707, que abrangia terras que iam da Serra dos Pretos Forros até a praia Pequena, em Benfica, e se confrontavam com o Engenho de Dentro.
A Capela destinada a São Miguel e à N. S. da Conceição foi construída pelos jesuítas, em 1720, junto à residência-sede, onde hoje fica a praça da Imaculada Conceição e seu Santuário.
Os jesuítas possuíam vastas lavouras e canaviais até a sua expulsão do Brasil, por ordem do Marquês de Pombal.  Então, o Engenho Novo foi posto em leilão e passou a ser propriedade do Capitão de Milícias José Paulo da Mata Duque Estrada, que mudou seu nome para “Quinta dos Duques” e o ampliou com uma nova Sesmaria que se estendia até Manguinhos. Para escoar a produção da Quinta, era usado o rio Faria.
Um dos mais ilustres moradores do bairro era o Ministro Conselheiro Couto Ferraz, o Barão de Bom Retiro. Seu nome tem origem na sua bela chácara do Bom Retiro, que fazia limite com a do fazendeiro Antonio Pereira de Sousa Barros, o Barão do Engenho Novo. Em sua homenagem, a estrada do Cabuçu foi rebatizada de rua Barão do Bom Retiro. Outros moradores famosos foram o Conselheiro Viena de Magalhães e sua esposa, a Condessa de Belmonte, mãe adotiva de Dom Pedro II, que deram nomes a ruas do bairro.
Com a abertura, em 1858, da Estrada de Ferro Dom Pedro II, depois Central do Brasil, foi inaugurada a estação do Engenho Novo que foi muito importante para a ocupação do bairro. A partir daí, as antigas chácaras e sítios foram loteados e ruas foram abertas nos terrenos pantanosos, cortados pelo rio Jacaré, que foram saneadas.
Pode-se destacar a igreja de Nossa Senhora da Consolação e Correia, cuja paróquia foi fundada em 1933 e deu nome a uma localidade do bairro do Engenho Novo e o antigo Cine Santa Alice, que funcionou até 1982. Seu prédio é preservado pelo Patrimônio Cultural da Prefeitura do Rio de Janeiro.   
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985 e pela Lei Complementar  Nº 17 de 29 de julho de 1992.

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